O FIM DO DIPLOMA DE JORNALISTA

Um tema muito comentado e discutido na última semana foi à decisão do STF de considerar inconstitucional a obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão. Um tema polêmico do qual irei dissertar meu ponto de vista sobre o assunto.

Um curso superior, independente da sua formação, exige dedicação, esforço e muito estudo. Milhares de pessoas colocaram quatro anos de suas vidas dedicadas a um sonho de poder mudar a vida dos leitores de seus circulares, ou espectadores e ouvintes de suas reportagens.

Do outro lado da historia, escrever é um dom, assim como pintar, assim como dançar e assim como toda forma de expressão em artes escrever é sim uma arte. Isto não significa que alguém que se dedique não possa alcançar resultados esplendidos, já que a prática e o treino do dia a dia colocam todas as pessoas em condições iguais de disputa, mas o dom é a diferença entre o fenômeno e o comum.

Digo isto, pois repudio a forma com alguns meios de comunicação, e ai esta a minha defesa aos profissionais de jornalismo, expõem seus jornalistas a enfrentar o mercado. Noticias são plantadas sem nenhum critério apenas por ser uma notícia comercial, outros são expostos a situações constrangedoras diante de uma coletiva de imprensa e vão despreparados para suas perguntas aos entrevistados, outros ainda se dizem donos da verdade e de forma injusta tomam partido de uma determinada situação.

É importante termos liberdade de expressão, onde cada qual possa escrever sobre determinados temas que dominam de maneira a aprendermos com esses indivíduos, ou será que um jornalista é capaz de escrever melhor sobre um caso de medicina ou um laudo de engenharia? Mas também é importante o preparo da mão de obra jornalística, ou seja, será que uma reforma do currículo escolar não seria uma idéia melhor a cassar o diploma dos profissionais?

O tema é muito complexo e encontraremos todos os pontos de vistas possíveis a favor e contra a decisão do STF, mas o importante é que a profissão não deve ser desvalorizada, pois se caso for e qualquer pessoa puder escrever sobre um tema, então porque um pedreiro não pode ser o responsável técnico da obra um prédio, e um curandeiro o responsável pela operação cirúrgica no centro médico?

Fica a reflexão do tema.

Um abraço